segunda-feira, julho 26, 2004

Querida Lila,

Tenho tentado dar de beber á alma. Mas, o caminho é árduo; é doce estar em casa, desfrutar da minha família que me ama e que eu amo. Seja como for, sinto dor, carrego uma solidão inexplicável. Este vazio parece um abismo!
Os meus olhos nunca desistem de procurar a luz, de olhá-la de frente, como sempre aprendi fazer na vida. Rendi-me aos sinais e sacodi o comodismo. Vou fazer o Caminho de Santiago. Assim espero até ao primeiro passo da peregrinação!
O fim-de-semana encheu-me as mãos de Santiago: a minha mãe faz anos no dia de Santiago, as revistas assinalavam em todos os ângulos o Santo, a tua força elevou a minha. E eu pensei: Porque não!? Sinceramente os obstáculos não me incomodam, acho que o Amor é tão grande e a Fé é tão densa que é impensável que algo corra mal! E a felicidade de fazê-lo no ano Jacobeu, de ver e estar em Santiago de Compostela pela primeira vez é infinita.
A Rita, uma amiga deste lado traçou a vida para o Caminho, bem como a Paula. Companhia não falta.
Lila, foi contigo que despertei para este sonho, juntas pegamos a faca para desbravar caminho. Era-me delicioso que um dia aceitasses ser o meu mestre no Caminho, porque tu perdes-te esta virgindade de modo puro e ganhas-te pegadas de conhecimento. Queria calcar essas tuas pegadas. Pode não ser este ano, mas tens Vontade de dar mãos á minha Vontade?
Amanhã vou falar com o Djalma (só para a credencial, honestamente acho que devias colaborar com a associação!!!)e vou saber qual a água que a minha alma necessita...

Com carinho,
Joana

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