sexta-feira, janeiro 21, 2005

Era uma vez quatro amigas inseparáveis, quatro amigas que acreditavam na eternidade da sua amizade. Na despedida da Secundária para a Universidade, levaram consigo a promessa de que nunca deixariam a sua amizade desmoronar-se.
Passados cinco anos, tudo mudou. Quase que não se vêem, quase nada sabem umas das outras... há falhas na identificação, na partilha, no respeito, no sentimento.
Assim acontece quando a par da distância física, surgem falhas na comunicação.
Hoje carrego comigo uma outra história. Uma história ainda sem fim definido.
Era uma vez seis amigas... seis amigas que partilharam os grandes momentos da vida universitária... uma experiência que marca lugar no coração, para não mais nos largar. Mas os cursos chegaram à sua meta final. Cada uma irá agora partir para cidades diferentes e distantes... Será que esta amizade terá o final banal e previsível que tanta gente experimenta??
Amigas, deixo-vos aqui um alerta:
A amizade é como uma flor - precisa de ser regada para não morrer.
Assim, faço aqui um apelo:
Apareçam no blog, participem... fazer um simples post, será como que regar uma flor.
Acredito piamente que este simples gesto seja capaz de fazer a diferença... pois este será sempre o nosso espaço de partilha, de desabafos, de alegrias, do que nos passa na alma, do que nos vai acontecendo na vida... o espaço de Comunicação que faltou na primeira história.
Está nas nossas mãos o final desta nova história...

lila

lila

2 Comentários:

Às 23:50 , Anonymous Anónimo disse...

Lila...
a nossa história vai ser diferente...eu vou cá estar para lutar contra a falta de comunicação... bombardeio o blog o mail... a caixa do correio e o telemovel se for preciso para que a ligação não se perca...
Como em tudo na vida... temos que saber evoluir.... temos que nos adaptar às novas situações... mas procurando manter sempre o primeiro esquerdo habitado.

Beijos grandes
Paula

 
Às 00:24 , Anonymous Anónimo disse...

O ritmo da vida, minha cara Lila, dita a passada no caminho, dita o bater do coração, a clareza do olhar: se o ritmo for brando: o olhar é demorado, se for frenético: o olhar é um flash de instantes que regista uma única imagem e espaço estanque...
No entanto, não considero que esse ritmo interfira na dimensão sentimental que nos adensa o coração: sejam experiências vividas, gestos expressos ou subliminares, intenções e expressões de bem-querer e amar que marcaram uma história, no caso: a nossa, mas de uma forma geral, marcam tantas histórias e vidas e as tornam muito mais férteis, fortes e significantes.
Não concordo com a tua comparação relativamente à amizade, talvez porque a vida mo demonstrou e o chão onde nasci e me criei, mo ensinou assim... a amizade é como uma árvore, (cada um escolha a sua espécie), nasce em qualquer casualidade, viveiro ou plantação: os primeiros anos são sensíveis a todos os factores externos, para o bem e para o mal, mas a soma dos momentos de vida em comum, dos anos ou dias de partilha total e sincera, trazem consigo estabilidade e robustez. Se de facto amizade existe, acredito que, a todos que tenho por amigos, o meu coração tenha erguido uma árvore, tão frondosa quanto a certeza de os amar e muito querer... tão inabalável que o tempo e a distancia não seca as suas raízes profundas, que a saudade não impede que a Primavera de um sorriso e de um abraço não avive as cores e os traços de fertilidade: folhas, flores e frutos. Por isso, minha cara Lila, para mim a amizade é tão inabalável, tão robusta como um cipreste centenário; frágil apenas quando desponta mas, quase independente quando cresce e nos guarda na sua sombra, no dia mais quente de Verão.
Não é fácil plantar uma floresta de amigos ou amizades, ou manter um planeta de embondeiros, precisamente porque nem sempre somos o solo mais rico, a luz mais clara e chuva abundante ... Mas uma vez criada a raiz e estabelecido o sentimento, em que todas as coordenadas se optimizam: solo, luz e chuva, a floresta rege-se no mesmo equilíbrio universal com que se rege todo o universo. Daí a nossa estabilidade, a força e confiança para levar a vida para a frente, ainda que o ritmo atropele o nosso olhar, ainda que o ritmo fustigue a passada no caminho... haverá sempre sombras para descansar.

Vossa Raquel Alves.

 

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